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Torna-se cada vez mais evidente que a exposição à radiação durante procedimetnos intervencionistas não são isentas de riscos. Ficou claro nos últimos anos que a sensibilidade à radiação do cristalino foi subestimada. No entanto um medo infundado é sempre difundido pela população quando se trata de exposição à radiação.

Devido a novos dados radiobiológicos, a Comissão Internacional de Proteção Radiológica e a Comissão Nacional de Energia Nuclear recomenda um limite de dose de 20 mSv por ano para a lente do olho. Portanto, o Padrão Básico de Segurança Internacional da IAEA e a Diretiva 2013/59 / EURATOM do Conselho Europeu exigem uma redução do limite de dose anual de 150 mSv para 20 mSv. Os urologistas apresentam uma elevada exposição à radiação na região da cabeça durante as intervenções fluoroscópicas, devido aos arcos C que são comumente usados ​​e à proteção contra radiação raramente usada nos olhos. O estudo de Hartmann, publicado em dezembro de 2018, teve como objetivo analisar a real exposição do cristalino do urologista durante vários procedimentos.

Durante o estudo foram utilizados dosímetros na testa e no colar cervical dos médicos durante a realização de procedimentos. Em média, a exposição dos urologistas às lentes oculares foi de 20 µSv com um DAP médio de 233 µGym². Portanto, aproximadamente 1000 intervenções regulares podem ser realizadas por ano por urologista antes que o limite anual de 20 mSv seja atingido.

Mesmo sendo um valor alto para atingir o limite anual, não é mais certo que uma catarata induzida por radiação possa se desenvolver somente após uma dose limite, de modo que até mesmo baixas exposições à radiação da lente do olho devam ser minimizadas.

 

fonte: HARTMANN, J.; DISTLER, F.; BAUMÜLLER, M.; GUNI, E.; PAHERNIK, S.; WUCHERER, M. Risk of Radiation-Induced Cataracts: Investigation of Radiation Exposure to the Eye Lens During Endourologic Procedures. Journal of Endourology, [s. l.], 2018. 


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